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sábado, 5 de dezembro de 2009

No meu primeiro post, gostaria de ilustrar com uma bela mensagem que li há 2 anos atrás no curso de extensão em ética na faculdade e a guardo como referencia nas ações diarias.
Vamos a leitura:

Ele tinha onze anos e, a cada oportunidade que surgia, ia pescar no cais próximo do chalé da família, numa ilha que ficava no meio de um lago. A temporada de pesca só começaria no dia seguinte, mas pai e filho saíram no fim da tarde para pegar apenas peixes cuja captura estava autorizada. O menino amarrou uma isca e começou a praticar arremessos, provocando ondulações coloridas na água. Logo, elas se tornaram prateadas pelo efeito da lua nascendo sobre o lago. Quando o caniço envergou, ele soube que havia algo enorme do outro lado da linha. O pai olhava com admiração, enquanto o garoto habilmente, e com muito cuidado, erguia o peixe exausto da água. Era o maior que já tinha visto, porém sua pesca só era permitida na temporada. O garoto e o pai olharam para o peixe tão bonito, as guelras movendo para trás e para frente. O pai, então, acendeu um fósforo e olhou para o relógio. Pouco mais de dez da noite... Ainda faltavam quase duas horas para a abertura da temporada. Em seguida, olhou para o peixe e depois para o menino, dizendo:
- Tens que devolvê-lo, filho!
- Mas, pai, reclamou o menino.
- Vai aparecer outro, insistiu o pai.
- Não tão grande quanto este, choramingou a criança.
O garoto olhou à volta do lago. Não havia outros pescadores ou embarcações à vista. Voltou novamente o olhar para o pai. Mesmo sem ninguém por perto, sabia, pela firmeza da sua voz, que a decisão era inegociável. Devagar, tirou o anzol da boca do enorme peixe e o devolveu à água escura. O peixe movimentou rapidamente o corpo e desapareceu. Naquele momento, o menino teve certeza de que jamais pegaria um peixe tão grande quanto aquele.
Isso aconteceu há trinta e quatro anos. Hoje, o garoto é um arquiteto bem sucedido. O chalé continua lá, na ilha no meio do lago, e ele leva seus filhos para pescar no mesmo cais.
Sua intuição estava correta. Nunca mais conseguiu pescar um peixe tão maravilhoso como o daquela noite. Porém, sempre vê o mesmo peixe todas as vezes que depara com uma questão ética. Porque, como o pai lhe ensinou, a ética é simplesmente uma questão de certo e errado. Agir corretamente, quando se está sendo observado, é uma coisa. A ética, porém, está em agir corretamente quando ninguém está vendo. Essa conduta só é possível quando, desde criança, aprende-se a devolver o peixe à água. A boa educação é como uma moeda de ouro: Tem Valor Em Toda Parte.

A ética consiste em não ter como referencia as ações alheias, você tem o livre arbítrio de escolher o seu caminho , as suas ações independente se os "outros" irão fazer certo ou errado.
Autor :James P. Lenfestey
Retirado do "informativo ético da FAFIPAR" Ano I,Novembro de 2007, 2º ED.

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